Breve: Louva-a-deus, um inseto mal compreendido

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Classe “C” tem alimentação mais saudável

Arroz e feijão é mistura com componentes essenciais para o organismo humano.
Deixar o arroz e o feijão de lado é uma medida extremamente inadequada para quem pretende emagrecer ou para quem tenta ter uma dieta saudável. Existem estórias de que esta seria uma dieta muito calórica, mas ao deixar de consumi-la, a pessoa pode sofrer uma perda nutricional muito grande.
Os aminoácidos são estruturas que formam as proteínas do organismo. O arroz é pobre no aminoácido lisina, enquanto o feijão é rico, e o feijão tem deficiência em metionina, enquanto o arroz é rico neste aminoácido.
Segundo dados divulgados há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, através da Pesquisa de Orçamentos Familiares, as classes mais baixas estão comendo mais estes grãos. Enquanto isso, eles têm participado com menos frequência da mesa das classes de maior poder aquisitivo.
Segundo especialistas, a maior parcela de “culpa”, neste caso, é a grandiosa influência dos meios de comunicação, por parte da mídia atrelada às poderosas empresas locais e transnacionais, que fazem com que o consumo diário de vários itens que constituem uma dieta saudável diminua, à medida que a renda do consumidor aumenta.
Numa tabela com a seleção de alguns itens corriqueiros da alimentação brasileira, podemos perceber como a diferença na renda familiar modifica os hábitos alimentícios.
Tabela 3048 - Aquisição alimentar domiciliar per capita anual por classes de rendimento total variação patrimonial mensal familiar e grupos, subgrupos e produtos
Grande Região = Sul
Variável = Aquisição alimentar domiciliar per capita anual (Quilogramas)
Ano = 2008
Classes de rendimento total e variação patrimonial mensal familiarGrupos, subgrupos e produtos
Até 830 Reais1.1.1 Arroz não especificado14,041
1.1.2 Arroz polido12,738
1.2.5 Feijão-preto4,642
2.1.8 Repolho1,555
2.3.5 Batata-inglesa5,071
5.1.1 Farinha de mandioca1,081
6.3.1 Biscoito doce1,869
7.1.2 Carne moída0,235
7.5.6 Presunto0,302
12.2.8 Sorvete0,444
13.2.7 Maionese0,480
14.2.2 Margarina vegetal1,626
15.2.2 Refrigerante de cola12,107
16.1.8 Salgadinho0,272
Mais de 6.225 Reais1.1.1 Arroz não especificado5,566
1.1.2 Arroz polido10,659
1.2.5 Feijão-preto3,204
2.1.8 Repolho1,682
2.3.5 Batata-inglesa8,309
5.1.1 Farinha de mandioca1,104
6.3.1 Biscoito doce3,865
7.1.2 Carne moída1,756
7.5.6 Presunto1,495
12.2.8 Sorvete2,539
13.2.7 Maionese1,218
14.2.2 Margarina vegetal2,097
15.2.2 Refrigerante de cola31,983
16.1.8 Salgadinho1,215
Fonte: IBGE - Pesquisa de Orçamentos Familiares

Obs. (17/04/2015): A última Pesquisa de Orçamentos Familiares disponibilizada pelo IBGE é de 2008 (tabela). Assim que houver nova pesquisa, o Blog  será atualizado.

Uma família considerada de classe baixa, com renda inferior a R$830,00 consome 26,7Kg de arroz ao ano, enquanto uma família mais rica, com renda superior a R$6.225,00 utiliza 16,2Kg. Enquanto a classe “A” compra 3,2Kg de feijão-preto, a classe mais baixa pesquisada come 4,6Kg. *

* Obs. (17/04/2015): Atualizando estes valores a preços de junho de 2011 (FGV), temos:
Classe A: Acima de R$9.745,00
Classe B: de R$7.475,00 a R$9.745,00
Classe C: de R$1.734 a R$7.475,00
Classe D: de R$1.085,00 a R$1.734,00
Classe E: de R$0,00 a de R$1.085,00

Em contrapartida, o consumo diário de alimentos que indicam uma dieta inadequada aumenta com a renda. Os biscoitos doces e doces à base de leite têm consumo de 4,8g diários, enquanto a faixa superior consome 7,6g. O mesmo é observado no consumo de refrigerantes, que é quase três vezes maior na classe mais alta. Os mais abastados consomem 3,3Kg a mais de batata inglesa do que os mais pobres. Se entopem de batatas fritas na gordura hidrogenada de soja transgênica. A batata inglesa, que na verdade é andina e só produz aqui com artifícios de combate a pragas e doenças, é uma verdadeira bola de agrotóxicos.
Também produtos industrializados, que contém conservantes, corantes, aromatizantes e outros “antes”, são muito mais consumidos pela classe alta  do que pelos pobres. É o caso dos embutidos, sorvetes, maioneses, salgadinhos e a famigerada margarina, que não possui valor nutricional algum.
É comum a pessoa com maior renda substituir o famoso parzinho arroz-feijão por pizza ou sanduíche, e assim tira uma combinação adequada da mesa para introduzir componentes com mais gorduras, sem contar os elementos químicos, como os anteriormente citados, e os elementos hormonais hoje presentes nas carnes oriundas da matriz de produção intensiva de confinamentos, como frangos e suínos “de granja”.

Excesso de açúcar
Segundo o Ministério da Saúde, o total de açúcar consumido diariamente não deve ultrapassar 10% da ingestão total de calorias. Porém, a mesma pesquisa do IBGE citada anteriormente revela que mais de 60% dos brasileiros ingerem mais do que o recomendado deste carboidrato.
O consumo excessivo de açúcar, além do sobrepeso, pode ser causador de outras doenças. Como não tem nutrientes e nada de bom para a pessoa, é uma “caloria vazia”. Tudo o que é consumido e não utilizado como caloria, será armazenado no corpo em forma de gordura.
Dentre estas doenças, podem estar as crônicas degenerativas, como hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, excesso de triglicerídeos, de colesterol, e diabetes. Todas elas são relacionadas à obesidade.
Além disso, os industrializados e frituras possuem excesso de gordura saturada e de sódio, que também são prejudiciais ao organismo.
Interessante frisar que os carboidratos complexos, presentes nos cereais (e consequentemente em massas e pães) são importantes. Mas os melhores carboidratos complexos são os integrais. São açúcares que a gente nem percebe que está ingerindo, pois não são associados ao paladar doce. As frutas também têm açúcares que são saudáveis, dão energia e nutrem o organismo.
De acordo com a nutricionista Carla Jadão, professora da Universidade Norte do Paraná - Unopar, citada em matéria do jornal Folha de Londrina  de 29 de julho de 2011, outro grande aliado do organismo são as fibras. Elas diminuem a absorção do açúcar e das gorduras, mas devem ser acompanhadas de muita água. A água é fundamental para que as fibras desempenhem o seu papel. “Grãos integrais, aveia e granola são benéficos e podem ser consumidos à vontade”, diz ela.
Aspartame e glutamato: hiperatividade
Há quem não resiste à vontade de ingerir doces e acaba erroneamente apelando para o adoçante. Normalmente à base de aspartame, os adoçantes são simplesmente mais prejudiciais que o próprio açúcar. Atualmente, nos Estados Unidos, existe uma campanha para banir o aspartame e outros adoçantes sintéticos do mercado. De acordo com os pesquisadores, eles causariam, além de cânceres, mal de Alzheimer, esclerose múltipla e doenças cardiovasculares, entre outros males. A estratégia teve origem na divulgação de um estudo da Fundação Ramazzini, em Bolonha, na Itália, que apontou a incidência de leucemia em 25% de 1.800 cobaias submetidas a uma dose de aspartame equivalente à metade da dose permitida aos humanos pela legislação atual.
O mel é um ótimo adoçante natural: consiste essencialmente em glucose e frutose e é duas vezes mais doce do que o açúcar.
Fontes: links presentes no decorrer do texto.

Um comentário:

  1. Este sanduiche de mortadela (foto no texto) se come no Mercado Municipal de SP

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